“Foram meses de muito trabalho, entre idas e vindas, preparando esta Chamada. Mas, o resultado está aí: um número muito expressivo de organizações participantes. Agora é dar continuidade aos trabalhos, às novas etapas, pois ainda estamos apenas no começo”, destaca Marcos Balbino, coordenador da AFPCTs.
Marcos Balbino (à direita), coordenador da AFPCTs, em conversa com agricultor quilombola do projeto Muxirum.
Crédito: Marcio Camilo/REM MT
As Manifestações de Interesse foram enviadas por diferentes organizações socioambientais, como associação de pequenos agricultores, grupos de produtores e organizações do terceiro setor. Nessas manifestações, as entidades enviaram respostas para possibilitar o desenvolvimento e apoio de projetos que visam melhorar a vida de agricultores familiares, comunidades indígenas e comunidades tradicionais – a exemplo de ribeirinhos, extrativistas e quilombolas – nos aspectos ambientais, sociais e econômicos.
Agora, nas próximas etapas, um comitê técnico do REM MT irá selecionar as melhores manifestações e, em seguida, junto com os proponentes e uma equipe de consultores irá elaborar os projetos que atenderão na prática essas famílias. Fazem parte desse comitê instituições, como: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade de Brasília (UnB), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outras instituições do Estado de Mato Grosso.
“As organizações selecionadas vão receber o apoio de consultores para elaborar o Plano de Gestão de Cadeia de Valor da Sociobiodiversidade (PGCdV). Depois desta etapa, a organização vai começar a receber os benefícios e terão suas atividades acompanhadas”, detalha Balbino.
PLANO DE GESTÃO
O PGCdV citado pelo coordenador do AFPCTs/REM MT envolve os produtos da sociobiodiversidade que receberão apoio financeiro para potencializar suas atividades. Nesse sentido, serão beneficiadas comunidades que trabalham com a Castanha do Brasil, Babaçu, Açai, Pequi, Cumbarú, Sementes Florestais, Borracha natural, Leite, produtos florestais não madeireiros, fruticultura, culturas perenes e apicultura, entre outras cadeias produtivas apoiadas pelo subprograma AFPCTs.
Cada Plano de Gestão receberá recursos a partir de R$ 300 mil para executar o projeto. Ao todo, a nova chamada de Manifestação de Interesse do AFPCTs/REM MT possui recursos na ordem de R$ 23, 5 milhões.
Esses recursos vêm do Governo Alemão, por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) e pelo Governo do Reino Unido, através do Departamento Britânico para Energia e Estratégia Industrial (BEIS). Os recursos são geridos pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO.