Nesta segunda-feira (24 de agosto), ocorreu um encontro inusitado nas redes sociais. A banda inglesa Coldplay convidou, via twitter, os governadores dos estados da Amazônia Legal, para participarem do Global Citizen Live – um importante evento que reúne lideranças mundiais para debater alterações climáticas e medidas de preservação ambiental. O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, entrou na brincadeira e respondeu que o estado tem 62% de sua cobertura vegetal protegida por políticas ambientais. E dentre elas, citou o sistema de monitoramento Planet, ferramenta adquirida pelo Programa REM MT, que contribui substancialmente para o estado manter os bons índices de combate e redução do desmatamento.
Crédito: Instagram/REM-MT
“Aqui a nossa política é de Tolerância Zero aos crimes ambientais. Implantamos ferramenta de monitoramento por satélite que detecta quase que em tempo real novos desmates e incêndios florestais”, pontuou o governador pelo Instagram, acrescentando ainda que o monitoramento – acompanhado das ações de campo dos setores de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-MT) – permitiu que Mato Grosso reduzisse, nos últimos 12 meses, 21,7% das emissões de alertas de desmatamento na Amazônia, que são aferidas pelo Deter, o satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
Outro dado importante citado pelo gestor foi o investimento de mais de R$ 70 milhões para combater os incêndios florestais nos três biomas do estado (Amazônia, Pantanal e Cerrado).
“Somente neste ano, estão sendo investidos pelo Governo de Mato Grosso mais de R$ 70 milhões para ações de combate ao desmatamento ilegal e incêndios, desde compra de equipamentos à aquisição de aeronaves e veículos”, escreveu Mendes.
Deste montante, cerca de R$ 4 milhões são investimentos diretos do REM MT. A verba é destinada principalmente para fornecer insumos às equipes do BEA MT no combate aos incêndios florestais, cujo período proibitivo de uso do fogo entrou em vigor no início de julho.
Crédito: Secom-MT
ESTRUTURAÇÃO
E considerando que os meses de agosto e setembro, historicamente, são os piores meses de estiagem, o que pode aumentar drasticamente os focos de incêndio no estado, o REM MT ajudou na estruturação da Sala de Situação do Batalhão de Emergências Ambientais (Bea-MT) – órgão considerado estratégico nas ações de planejamento, prevenção, fiscalização e combate aos incêndios florestais – por meio da aquisição de painéis e computadores, que servem para realizar o monitoramento dos focos de calor em todo território mato-grossense.
“Através da Sala de Situação, a gente consegue monitorar e atuar de maneira rápida e eficaz na primeira resposta aos focos de calor. O trabalho preventivo faz com que esses focos não se transformem em incêndios de grandes proporções que devastam a floresta”, destacou a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Jusciery Marques, a Comandante do BEA.
POLÍTICAS AMBIENTAIS
Mendes destacou ainda que a preservação ambiental no estado ganhou força nos últimos anos, principalmente a partir de 2017, quando o governo firmou uma série de compromissos ambientais na conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas, a COP 23. Naquele ano, Mato Grosso foi contemplado pelo Programa REM pelos bons indicadores alcançados na redução do desmatamento nos últimos 10 anos.
Desde então, o REM MT tem permeado as políticas ambientais do estado, ajudando o governo a manter a floresta de pé e a reduzir as emissões de CO2 no planeta.
Crédito: Divulgação
SOBRE O REM MT
O Programa REM MT (do inglês, REDD para Pioneiros) é uma premiação ao Estado do Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento nos últimos 10 anos. A cooperação internacional dos governos do Reino Unido e da Alemanha doam recursos por meio do BEIS e do Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW) para o Programa que aplica em ações de conservação da floresta a fim de reduzir emissões de CO2 no planeta. Para isso, beneficia diretamente iniciativas que contribuem para reduzir o desmatamento, estimular a agricultura de baixo carbono e apoiar povos indígenas e comunidades tradicionais.
É coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e gerenciado financeiramente pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).