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REM MT participa de live que aponta benefícios e desafios de certificação de soja para pequenos produtores

Diante das mudanças climáticas, cada vez mais o mercado exige que as produções estejam conectadas à sustentabilidade, para mostrar os benefícios e estimular produtores a se tornarem aliados da preservação ambiental, a Produzindo Certo realizou uma live da série Vozes Responsáveis, com o tema “Desafios para Certificação de pequenos produtores de soja”, com participação da profissional sênior do Programa REM MT, Leonora Goes. A live foi exibida na última sexta-feira (29). 

A Produzindo Certo transforma cadeias do agronegócio, aproximando produtores e empresas comprometidos com a correta gestão dos recursos naturais e respeito à sociedade.  E para estimular a produção responsável e zerar o desmatamento foi criado o programa #SojaResponsável, que oferece incentivos financeiros e assistência técnica a pequenos e médios produtores do Mato Grosso.

Após um ano, os produtores participantes seguem colhendo os resultados dessa iniciativa desenvolvida em parceria entre Aliança da Terra, Produzindo Certo e apoiado pelo Programa REM MT.

Os resultados dessa parceria foram abordados na live, além de mostrar os benefícios da certificação para pequenos produtores de soja e os caminhos para se chegar até lá. Foram convidados a gerente de projetos da Produzindo Certo, Cristiane Simioli, o produtor rural André Gomes Barbosa, a gestora de projetos do Subprograma Produção, Inovação e Mercado Sustentáveis do REM MT, Leonora Goes, e o consultor externo da RTRS, Cid Sanches. 

IMPORTÂNCIA DA CERTIFICAÇÃO DA SOJA

A certificação da soja é uma importante ferramenta de gestão e, sobretudo, uma garantia de que os grãos foram produzidos em condições ambientalmente corretas, socialmente benéficas e economicamente viáveis.

Fundada em 2006, em Zurique, na Suíça, a Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS) é uma associação internacional sem fins lucrativos que promove o crescimento da produção, do comércio e do uso de soja responsável. A certificação RTRS equivale tanto para a soja, como para o milho.

O subprograma Produção, Inovação e Mercados Sustentáveis (PIMS), do REM MT, foi desenvolvido especialmente para auxiliar produtores de soja e demais commodities a garantirem essa certificação e manter a floresta em pé, explica a profissional sênior do PIMS, Leonora Goés.

Convidada na live, Leonora apontou como o subprograma tem colaborado para tornar Mato Grosso um estado exemplo de desenvolvimento sustentável.

Junto com a Aliança da Terra – organização sem fins lucrativos financiada pelo REM MT – e a empresa Produzindo Certo, produtores rurais receberam até R$ 30 mil para beneficiar sua produção com as melhores práticas socioambientais e garantir a certificação internacional.

“Além da possibilidade de certificação, também teve atendimento de assistência técnica em mais de 150 propriedades. Tivemos uma atuação do projeto em mais de 30 mil hectares de soja, que foi produzida ou encaminhada para ser produzida de maneira mais responsável. Todos esses produtores tiveram mapeamento, souberam quanto custaria. Tivemos também atuação em mais de 10 assentamentos rurais, além de capacitação para voluntários em prevenção e combate ao fogo”, pontua Leonora.

Além de elencar o que foi feito no projeto, Leonora cita que a certificação pode trazer resultados inéditos para o estado. “Foi um projeto muito legal e estamos caminhando pro final, pra etapa de certificação de algumas propriedades. É algo que talvez seja o primeiro grupo de assentados caminhando para obtenção desse certificado no estado de Mato Grosso, é uma enorme conquista para nós”, comemora.

O produtor rural da Agropecuária Shalom, André Gomes Barbosa, contou sua experiência ao participar do projeto. Ele relata que o produtor rural é naturalmente desconfiado com novas práticas, e quando soube da proposta de receber R$ 30 mil para regularizar sua área, não acreditou.

Porém, decidiu ir atrás, porque fora a desconfiança, os produtores têm muita vontade de regularizar e produzir corretamente para serem aceitos no mercado, que fica mais exigente.

“Dei uma pesquisada e vi que as pessoas envolvidas eram idôneas, então pensei que era o momento certo, não podia perder a oportunidade, porque eu já vinha há muito tempo sonhando com essas adequações, fazer tudo certo dentro da legalidade. É muito importante principalmente para o pequeno produtor, que não acredita que consegue melhorar e ter uma qualidade de vida e no ambiente de trabalho”, compartilha.

DESAFIOS DA CERTIFICAÇÃO

A gerente de projetos da Produzindo Certo, Christiane Simioli, detalha os desafios que enfrentaram para realizar a certificação dos produtores.

“O primeiro desafio é convencer o produtor, que não acredita que vai receber o recurso. O segundo é o conhecimento, você chega falando pro produtor que ele vai ter uma certificação internacional e acham que é fora da realidade. O terceiro é ter áreas fora de desmatamento pós 2009, então muitos acabam ficando de fora. E o quarto é o recurso”, detalha.

Apesar das dificuldades, um grupo de 17 lotes conseguiu ser definido e vai poder obter o tão esperado reconhecimento.

Para assistir à live na íntegra, clique aqui.

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