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Curso busca aperfeiçoar o manejo sustentável das 50 espécies de árvores mais exploradas da

Servidores da Sema-MT durante uma aula teórica do curso de identificação botânica. Foto: REM MT
Servidores da Sema-MT durante uma aula teórica do curso de identificação botânica. Foto: REM MT

 

Identificar melhor as espécies de árvores visando um manejo florestal sustentável e a recuperação de áreas degradadas de forma eficiente. Esse é o objetivo do curso teórico e prático de identificação botânica a 45 engenheiros florestais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT). A capacitação é promovida pelo REM MT, por meio de seu Subprograma Produção, Inovação e Mercado Sustentáveis (PIMS).

Daniele Melo, coordenadora do PIMS, destaca que o curso irá aperfeiçoar o manejo florestal sustentável das 50 espécies de árvores mais autorizadas e mais comercializadas de Mato Grosso. “Com isso, pretendemos reduzir os erros de identificação das espécies nas atividades de exploração florestal e, consequentemente, garantir a sustentabilidade na conservação dos usos dos recursos naturais”, afirma a gestora. 

Ela detalha que o curso está inserido em um dos eixos do PIMS, denominado de Madeira de Manejo Florestal. “Nesse eixo, o Subprograma tem como objetivo principal aumentar o volume de madeira tropical legal no mercado, através da implantação e disseminação de boas práticas de Manejo Florestal Sustentável (MFS). Sendo assim, o curso de identificação botânica aos servidores da Sema vai justamente ao encontro desse objetivo”, afirma a gestora. 

O curso é ministrado pela  engenheira Florestal e doutora em Botânica, Gracialda Costa Ferreira. Ela ressalta que uma boa identificação botânica é fundamental para o governo manter a floresta em pé, e também recuperar áreas degradadas de maneira eficiente e correta. 

“Quando ocorre uma mistura de espécies que podem ser raras no ambiente, com espécies que são comuns, o técnico acaba eliminando árvores que são raras na floresta, por não ter feito uma boa identificação. Assim, a boa identificação tem muito a ver com a garantia da sustentabilidade do manejo, da recuperação de áreas que foram degradadas e que precisam ser recuperadas. E você precisa ter uma lista de espécies consistentes para devolver aquele ambiente, as mesmas espécies que estavam antes”, reforça a doutora. 

Nesse sentido, ela acrescenta que “o curso proporcionado pelo REM MT tem como objetivo “mostrar aos analistas as ferramentas que existem para que possamos fazer esse reconhecimento botânico, e minimizar, principalmente espécies de gêneros diferentes que são chamadas por um mesmo nome vulgar”. 

O CURSO

O curso iniciou em meados de agosto com as aulas teóricas. Agora, a capacitação prossegue por meio das aulas práticas, durante os meses de setembro, outubro e novembro, em que os servidores da Sema-MT irão à campo para fazer identificações botânicas, a partir dos novos aprendizados em sala de aula. 

Quem está gostando muito do curso é o analista ambiental da Sema-MT, Jean Bahia de Oliveira. Ele destaca que o curso está sendo um momento de se inteirar quanto as novas técnicas do setor. 

Servidor da Sema-MT fazendo atividade do curso de identificação botânica, promovido pelo PIMS/REM MT. Foto: REM MT

“Com esse curso está sendo possível relembrar muitas coisas da faculdade e aprimorar os conhecimentos, uma vez os professores têm amplo conhecimento sobre a identificação botânica. Esse aprimoramento a partir do curso será muito importante durante as nossas análises na Sema, em procedimentos para o licenciamento ambiental, tendo em vista que a identificação das espécies é base de tudo num processo de inventário florestal, visando os manejos florestais. E começando com uma má identificação, o projeto todo fica mal executado”, avalia o servidor. 

AS ESPÉCIES

As 50 espécies florestais nativas mais exploradas da Amazônia de Mato Grosso, as quais o curso tem como foco, são muito utilizadas para a construção civil, fabricação de móveis, instrumentos musicais, indústria naval, obras de infraestrutura e decoração de interiores de imóveis.  

Ipê é uma das espécies mais exploradas em Mato Grosso. Foto: Camila Lima/Diário do Nordeste

Essa espécies são: Cedrinho, Cupiúba, Itaúba, Mandioqueira lisa, Mandioqueira escamosa, Garapeira, Jatobá, Amescla-breu, Angelim-pedra, Cumaru Marupá, Cedroarana, Ipê amarelo, Tauari-branco, Maçaranduba, Angelim-vermelho, Tatajuba, Tamboril, Gameleiro, Aroeira, Tauari-duro, Parapará, Embirema, Angelim-saia, Angelim, Orelha-de-macaco, Cambará, Paricá, Amescla, Pariri, Amarelão, Canela-preta, Cerejeira, Breu, Cedro-do-brejo, Inharé-vermelho, Castanha-de-macaco, Tauarí, Sucupira peluda, Abiurana, Peroba-rosa, Faveira-amarela, Jequitibá-branco, Farinha-seca, Jataipeva, Matarajuba, Sumaúma, Faveira, Sucupira e a Jataí-cic.

 

Por Marcio Camilo
REM MT

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