O projeto Gaia – Rede de Cooperação para Sustentabilidade – recebeu, nesta terça-feira (26), Moção de Aplauso da Câmara de Vereadores de Sinop (a 500 km de Cuiabá), pelas práticas agroecológicas que estão sendo implantadas com produtores rurais da região Norte de Mato Grosso, bioma Amazônico.
Os vereadores destacaram que o projeto merece a moção devido à colaboração “para a redução das desigualdades sociais e para o fortalecimento da rede de produção e comercialização de alimentos saudáveis, para melhoria da saúde e da qualidade de vida no campo e na cidade”.
Salientaram também que a agroecologia é uma ciência que integra conhecimento de diversas áreas, juntamente com os saberes populares e tradicionais das comunidades indígenas. Essas práticas, conforme a moção, contribuem “para consolidação em curto, médio e longo prazo de alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), indicados pela Agenda 2030”.
“A equipe executora e apoiadores do Projeto Gaia receberam essa homenagem com muita emoção! A agroecologia é revolucionária e quanto mais pessoas compreenderem isso, mais facilmente superaremos as diversas dificuldades sociais, culturais, ambientais, econômicas, produtivas e éticas que enfrentamos hoje. Um agradecimento especial ao Programa REM-MT que nos permite amplificar nossas ações”, revelou a coordenadora do projeto Gaia, Rafaella Teles Arantes Felipe.
O ODS mencionado pelos vereadores sinopenses trata-se de um conjunto de 17 objetivos que nasceram na Conferência das Nações Unidas (ONU) no Rio de Janeiro em 2012. Nesse conjunto de metas estão os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes enfrentados pelo mundo atualmente. Um dos principais – que é desenvolvido pelo Gaia, inclusive – envolve práticas econômicas sustentáveis de utilização dos recursos das florestas, como forma de gerar renda e reduzir as emissões de gases do efeito estufa que superaquece o planeta.
O PROJETO
O projeto Gaia tem como proponente a UNISELVA, que teve seu projeto aprovado por meio da Chamada 03/2020 do Subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCTs) do Programa REM Mato Grosso.
O projeto é desenvolvido em assentamentos de agricultura familiar nas cidades de Sinop e Cláudia, região Norte de Mato Grosso. Por lá, os recursos do REM MT ajudam a estruturar 12 SAF’s (Sistemas Agroflorestais) para a produção sustentável de produtos como a banana, mamão, verduras, abóbora, jurubeba, pimenta e pimentão. Além de plantar a floresta e ajudar a mantê-la em pé, esses sistemas garantem a geração de renda e emprego aos assentados.
Os Sistemas Agroflorestais pensados pelo Gaia são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar que conta com especialistas da @ufmt.br , Universidade Estadual de Mato Grosso (@unematoficial), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (@embrapa) e Escola Técnica Estadual de Sinop.
Sobre o REM MT
O Programa REM MT (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal, do inglês, REDD para Pioneiros) é uma premiação dos governos da Alemanha e do Reino Unido, por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), ao Estado do Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento nos últimos 10 anos (2004-2014).
A iniciativa beneficia aqueles que contribuem com ações de conservação da floresta, como os agricultores familiares, as comunidades tradicionais e os povos indígenas, bem como fomentar iniciativas que estimulam a agricultura de baixo carbono e a redução do desmatamento, a fim de reduzir as emissões de CO2 no planeta.
O Programa REM MT é coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e tem como gestor financeiro o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).