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Acima da média nacional, Mato Grosso registra queda de 13,8% do desmatamento no último ano

Por Mariana Vianna com informações da SEMA-MT e Prodes

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados no relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), Mato Grosso teve uma redução de 13,8% em área desmatada  este ano, em comparação a 2021. O valor estimado do desmatamento abrange o período de 01 agosto de 2021 a 31 julho de 2022.

O mapeamento do PRODES é feito com base em imagens de satélites, onde são registradas e quantificadas as áreas desmatadas maiores que 6,25 hectares. O PRODES considera como desmatamento a remoção completa da cobertura florestal por corte raso ou o estágio final de uma degradação progressiva da floresta em que há a perda completa do dossel, independentemente da futura utilização destas áreas. A estimativa da taxa de 2022 foi calculada a partir da análise de 108 cenas prioritárias de todos os estados da Amazônia Legal.

                                                                       Capa relatório Prodes (Foto: Divulgação)

De acordo com Franciele Nascimento, coordenadora do subprograma Fortalecimento Institucional e Política Públicas Estruturantes do Programa REM MT, o resultado positivo e acima da média nacional é fruto dos esforços que vêm sendo feitos pelos mais diversos atores no combate e controle do desmatamento ilegal.

“Acredito que podemos atribuir esta queda do desmatamento ilegal em MT diretamente ao trabalho da Fiscalização, coordenado pelo Governo de MT e fortalecido pelo REM MT. Os órgãos de comando e controle trabalham de forma integrada, e nesse momento, colhem os frutos produzidos pelos fiscais de campo, que muitas vezes arriscam suas vidas em prol da defesa ambiental, e pelos fiscais que atuam remotamente, que vêm apresentando produtividade excepcional”, explica a coordenadora.

Franciele Nascimento, coordenadora do subprograma Fortalecimento Institucional e Política Públicas Estruturantes do Programa REM MT. (Foto: REM MT)

Já indiretamente, Franciele, atribui o resultado aos investimentos e suporte que o programa REM MT e seus parceiros têm destinado às pessoas que vivem no campo e aos indígenas de forma geral, para que eles possam garantir sua segurança alimentar e renda enquanto mantêm a floresta em pé. 

Já o Secretário Executivo da Sema, Alex Marega, aponta que a política de tolerância zero com o desmate ilegal, e os investimentos do governo estadual na fiscalização, eficiência do licenciamento ambiental, e monitoramento por satélite, têm surtido efeito. 

“Neste ano, foram mais de R$ 60 milhões investidos em ações de combate e controle, mas também em estratégias de prevenção ao desmatamento, como o desaparelhamento de infratores com a apreensão de maquinários, e operações com foco em identificar e frear o desmatamento ainda no início”, explica o secretário.

Secretário Executivo da Sema, Alex Marega (Foto: REM MT)

Pagamento por resultados

Mato Grosso recebe recursos internacionais como pagamento por resultado na redução da emissão de gases do efeito estufa e valorização da floresta, por meio do Programa REM MT (Programa REDD+ Early Movers).

A plataforma de Monitoramento por Imagens de Satélites, por exemplo, que detecta de forma rápida toda a mudança de vegetação no território estadual, foi financiada pelo Programa, assim como a retirada de maquinários de infratores e a aquisições de insumos que apoiam a ação estadual no enfrentamento ao desmate ilegal e incêndios.

“Todas as ações do REM MT convergem nesse resultado positivo na redução do desmatamento. O REM MT é um programa que abrange todos os atores envolvidos no processo de manter a floresta em pé e, com isso, minimiza os efeitos das mudanças climáticas”, ressalta Franciele ao dizer que a perspectiva para o futuro é otimista, principalmente se o REM conseguir manter ou aumentar o investimento financeiro. 

“Avançamos bastante e hoje vemos o resultado, mas ainda temos muito a contribuir tanto no combate ao desmatamento ilegal, bem como em todas as outras temáticas do REM relacionadas ao meio ambiente equilibrado.  Há ânimo quanto ao possível retorno da forte atuação dos órgãos federais como o IBAMA, que também é essencial nesse contexto”, conclui Franciele.  

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