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Celebrando 10 anos de criação, resultados do Programa REM no mundo são destaques na COP27

No ano em que o Programa Global REDD Early Movers (REM) comemora 10 anos, Mato Grosso se destaca na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27), pelos resultados obtidos no combate ao desmatamento ilegal, bem como no trabalho em conjunto às comunidades tradicionais, povos indígenas e produtores de commodities. 

O representante do banco alemão KFW – um dos principais financiadores do programa -, Klaus Köhnlein, destacou a importância da criação do REM.

“Estou aqui na COP, especialmente para comemorar os 10 anos da existência do nosso Programa REM, que estamos desenvolvendo com os estados do Acre, Mato Grosso e os governos do Equador e Colômbia. É uma grande alegria para mim estar aqui, com nossos parceiros discutir o passado, mas também o rumo do futuro do nosso programa”, celebrou.

 

                                                                             Klaus Köhnlein (Crédito:REM-MT)

 

O governador Mauro Mendes (União) reconheceu a atuação do programa no território mato-grossense.

“O Programa REM MT talvez seja, que eu conheça, um dos exemplos concretos de parceiros que estão aportando recursos, dinheiro, para fazer algo concreto, para beneficiar populações que de alguma forma estão prestando serviços ambientais no planeta”, apontou. 

Ainda de acordo com o governador, financiadores e bancos teceram inúmeros elogios aos resultados que o Programa REM MT tem demonstrado em Mato Grosso, na construção de uma economia que alia povos tradicionais, agricultura familiar e preservação ambiental.

“Quero agradecer a todos os parceiros, todos aqueles que estão atuando no programa do nosso estado, agradecer aos financiadores e renovar o nosso compromisso de manter as atividades em prol do desenvolvimento sustentável, de uma construção dessa economia verde, que leva em consideração primeiro as pessoas, as nossas populações indígenas, quilombolas, agricultura familiar e todos os aspectos envolvidos para que nós tenhamos em Mato Grosso um verdadeiro conceito dessa agricultura sustentável. Então vamos continuar trabalhando nessa direção, nessa parceria, para que projetos como o REM possam continuar acontecendo e os resultados concretos continuem chegando na ponta, nas pessoas que mais precisam”, disse.

O secretário adjunto de Meio Ambiente, Alex Marega, pontuou que as estratégias de desenvolvimento do REM MT alavancaram iniciativas de redução do desmatamento, emissões de gases de efeito estufa e apoio para aqueles que cuidam da floresta. 

“Temos que divulgar aqui também resultados do nosso Programa REM MT: o estado de Mato Grosso conseguiu nos últimos 4 anos implementar essa importante estratégia e conseguimos evoluir muito, tanto na nossa fiscalização ambiental, mas também levando benefícios para aqueles que tradicionalmente preservam a floresta. Queremos buscar novos projetos, novos recursos, novos parceiros para continuarmos evoluindo nessa preservação e desenvolvimento que é construído no estado de Mato Grosso, por muitas mãos”, avalia.


                                                                    Secretário adjunto de Meio Ambiente, Alex Marega

 

A coordenadora do Programa REM MT, Ligia Vendramin, também acompanhou de perto as principais discussões na COP 27. A partir dessa observação, Ligia explica que os projetos são atualizados conforme o que tem de mais novo nas políticas socioambientais. “Minha percepção é que a gente tem aqui uma reunião voltada para as ações, observando o que já está em andamento e o que ainda precisa ser implementado”, analisa.

 

                                   Coordenadora do Programa REM MT, Ligia Vendramin

 

Redução do desmatamento ilegal

O procurador do Ministério Público Federal, Erich Masson, comenta que o maior desafio ambiental de Mato Grosso é combater o desmatamento ilegal, para que as cadeias de produção se tornem mais sustentáveis. Junto com o estado, o REM tem ajudado a diminuir esses índices.

“Uma vantagem inclusive do programa REM, é que ele investe em recursos em comunidades tradicionais, que talvez sejam as que mais precisam e também pequenos produtores, que são aqueles que precisam de assistência técnica, de conhecimento, para conseguir fazer do seu trabalho maior potencialidade de sustento. Ou seja, recebendo maiores recursos e em razão disso, diminuem a pressão pelo desmatamento”, pontuou.


                                                                 Procurador do Ministério Público Federal, Erich Masson

 

Com tantas iniciativas, a presidente do Conselho de Administração do PCI, Estela Miguel, comemora que Mato Grosso foi um dos únicos estados a apresentar dados concretos de mudanças de políticas ambientais na COP27, apresentados pela secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti. 

Ela celebra também a participação da equipe do REM MT no maior evento da cúpula do clima.

“Quando a gente sai do nosso país e mostra o que é Mato Grosso, com ação de cada um deles, a gente traz eles pra fora e mostra o que é o trabalho deles dentro de uma secretaria de Meio Ambiente. Cada um deles não está fazendo uma ação específica, separada. Cada um deles está fazendo um conjunto”.

 

Pecuária

A COP27 também abordou a pecuária e suas formas de sustentabilidade. Segundo o presidente do Instituto Mato-grossense de Carne (IMAC), Caio Penido, a cadeia da pecuária se preocupa com a regularização ambiental e redução da emissão de carbono.

Como proposta, apresentaram o “passaporte verde”, para que a carne mato-grossense seja exemplo no mundo todo.

“Queremos dar um passaporte para a carne de Mato Grosso, para que ela consiga acessar os mercados do mundo, mostrando a sustentabilidade que está inserida nessa carne, que é uma carne que garante a conservação da biodiversidade por lei, e que tenha o sistema de rastreabilidade nos abates, toda carne que é exportada passa pelo sistema de rastreabilidade, e 80% dos abates de Mato Grosso já são verificados”, explica.

                                                     Presidente do Instituto Mato-grossense de Carne (IMAC), Caio Pedido

COP 27

A COP-27 é o evento mais importante e o maior já realizado sobre o tema das mudanças climáticas. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022, mais conhecida como Conferência das Partes da UNFCCC, ou COP 27), é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

Uma das principais tarefas da COP é revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países membros e, com base nessas informações, avaliar os progressos feitos e as medidas a serem tomadas.

 

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