Quatro embaixadores se reuniram na Sema-MT para conhecer a política ambiental do Estado
O embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson, avaliou o sistema de monitoramento por satélite utilizado por Mato Grosso para prevenir e combater o desmatamento ilegal e os incêndios florestais como “impressionante”, durante visita de uma comitiva de embaixadores à sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), na tarde desta segunda-feira (08.06).
“Hoje eu tive a oportunidade de ver com meus próprios olhos um sistema que funciona muito bem, com precisão, e também pude ver a maneira como os operadores usam essas informações para contatar os proprietários para parar o desmatamento ilegal. O sistema de verificação é muito impressionante”, avalia o embaixador.
A plataforma permite o monitoramento praticamente em tempo real de todo o território mato-grossense, com alertas de desmatamento. Além disso, para frear o desmate ainda no início, os infratores são notificados por e-mail e telefone, e também são enviadas equipes direto ao local para impedir o avanço do crime ambiental. A ferramenta é financiada pelo Programa REM MT.
Embaixadores visitam Sema e sistema de monitoramento por satélite de Mato Grosso. Créditos: Tchélo Figueiredo – SECOM – MT
Na ocasião, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, apresentou aos embaixadores Todd C. Chapman (EUA), Heiko Thoms (Alemanha), Peter Wilson (Reino Unido) e Ignácio Ybanez Rubio (União Europeia), o trabalho de Mato Grosso para alavancar a regularização ambiental e o Cadastro Ambiental Rural como estratégia para preservar o meio ambiente.
Também foi mostrado o enfrentamento aos crimes ambientais por meio do Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais 2021, que prevê investimentos de R$73 milhões neste ano.
“Mato Grosso tem uma forte política pública ambiental, temos sido considerados exemplo de como conciliar produção e conservação dos recursos naturais, estratégia forte de combate aos crimes ambientais, e ao mesmo tempo, de aplicação das normas brasileiras”, conta a gestora.
O combate ao crime ambiental em Mato Grosso tem demonstrado aos infratores que o crime não compensa. “Deflagramos mais uma etapa da Operação Amazônia, e colocamos mais 100 servidores em campo para fiscalizar, apreender maquinários para desaparelhar infratores, e multar quem insiste em promover o desmate ilegal. A meta de Mato Grosso é o desmatamento ilegal zero”, afirma.
A coordenadora do Programa REM MT, Lígia Vendramin, apresentou às autoridades os investimentos e projetos que além de apoiar iniciativas de preservação do meio ambiente, promovem a agricultura familiar de povos e comunidades tradicionais e indígenas.
O papel e as iniciativas de bioeconomia em Mato Grosso foi apresentado pela assessora de Relações Internacionais, Rita Chiletto, com destaque para a valorização dos produtos da floresta como frutas, óleos essenciais, entre outros, que contribuem com a preservação com impacto econômico e social positivo nas comunidades.
Fernando Sampaio, diretor executivo da Estratégia Produzir Conservar e Incluir (PCI), mostrou a captação de recursos e de uma rede de parceiros institucionais, que investem e colaboram para a expansão e aumento da eficiência da produção agropecuária e florestal sustentável, e a contribuição para a conservação da vegetação nativa e da economia de baixo carbono.
Também estiveram presentes o secretário Executivo da Sema, Alex Marega; adjunta de Gestão Ambiental, Luciane Bertinatto Copetti; de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos, Lilian Ferreira dos Santos; de Administração Sistêmica, Valdinei Valério da Silva, entre superintendentes e coordenadores da Sema.
Sobre o Programa REM MT
O Programa REM MT (do inglês, REDD para Pioneiros) é uma premiação ao Estado do Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento nos últimos 10 anos. A cooperação internacional dos governos do Reino Unido e da Alemanha doam recursos por meio do BEIS e do Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW) para o Programa que aplica em ações de conservação da floresta a fim de reduzir emissões de CO2 no planeta. Para isso, beneficia diretamente iniciativas que contribuem para reduzir o desmatamento, estimular a agricultura de baixo carbono e apoiar povos indígenas e comunidades tradicionais.
É coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e gerenciado financeiramente pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).